quarta-feira, 30 de março de 2011

Vozes

O assunto de hoje é a voz humana nas suas diversas manifestações. Percebemos que as vozes são únicas e existem alguns fatores que influenciam no resultado sonoro. Em primeiro lugar, o fator étinico faz com que cada voz tenha sua particular sonoridade. Povos que possuem diferentes caixas cranianas, diferentes formatos de nariz/narina, diferentes tamanhos de caixas toráxicas possuem também diferentes sonoridades.

O idioma também influencia a produção sonora, podendo alguns povos terem uma sonoridade mais gutural (como os germânicos), outros tendendo a sonoridades mais nazais (orientais) e ainda sonoridades com ressonâncias mais expandidas (latinos).

É claro que todas essas variantes também são influenciadas pela cultura de cada povo, assim como sua tradição.


Tendo isto como ponto de partida, analisamos os timbres vocais que foram estabelecidos pela música ocidental.

Falamos das vozes trabalhadas que recebem papéis específicos nas óperas, por exemplo.


Soprano, Mezzo-soprano e contralto - para papéis femininos

Tenor, barítono e baixo - para papéis masculinos.


Essas vozes são as mais conhecidas, do ponto de vista solístico e coral, uma vez que são classificações já conhecidas pela maioria das pessoas que têm uma familiaridade com o universo vocal.


Mas existem algumas vozes que são raras, ou que podemos classificar de acordo com a tradição da música européia até do século XVIII.



São as vozes agudas que nesse período eram cantadas por vozes masculinas. Os grupos corais eram compostos por vozes masculinas - vozes adultas e infantis. No caso, os meninos que ainda não passaram pela puberdade, e com isso mantinham a voz aguda (sem a mudança vocal) cantavam como soprano e contralto.



Dessa forma, eles completavam a formação SATB:



Entre os meninos cantores, no entanto, poderia haver uma voz que se destacava como solista. Para preservar esta voz, que chamavam de 'voz de anjo' era realizada uma prática comum - a castração, isto é, uma cirurgia nos testículos que impedia a ação dos hormônios masculinos, resultando entre outras coisas, no impedimento do desenvolvimento da laringe do menino - resultando em uma voz infantil em um corpo de homem. Para esses homens com laringe infantil era dado o nome de castrato, no plural, castrati. Esta pratica ocorreu até o final do século XIX. O último castrato que se tem notícia foi Alessandro Moreschi (1858-1922). Ele foi o único solista que sofreu o processo de castração e que teve sua voz registrada em audio:




Existem outras categorias de vozes masculinas agudas utilizadas até os dias de hoje. O contratenor, uma voz masculina aguda inspirou muitos compositores do século XVIII.




Atualmente um nome se destaca no meio dos contratenores: Philippe Jaroussky.




Encontramos também, o sopranista (ou falsetista). Uma categoria de voz masculina aguda, que difere do castrato por ser uma voz trabalhada na região do falsete.




Grupos vocais masculinos também são muito comuns principalmente na Europa, onde existe uma tradição que se manteve desde o século XVII. Um desses grupos é o King Singers, que existe há 40 anos e que mantém a formação de SCTB - com vozes masculinas.



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quarta-feira, 23 de março de 2011

Cordas

Muito bem. Agora, vamos falar um pouco sobre os instrumentos de corda. Conhecemos os modernos: o violino, a viola, o violoncelo e o contrabaixo. Mas é importante lembrar que antes desses instrumentos tornarem-se parte importante de uma orquestra, existiram outros. O primeiro instrumento de corda do qual se tem conhecimento é o Arco musical cuja origem é situada entre 35 e 15 mil anos a.C. Os instrumentos de corda tensionada mais antigos registrados são nove liras e três harpas encontradas numa tumba em Ur na Mesopotâmia datando de 2.600 a.C. Pinturas em paredes e efígies em cerâmica, madeira ou metal indicam a presença de tais instrumentos em época próxima no Egito Antigo e em ilhas do Mar Egeu. As representações dão a enteder que as liras tinham funções musicais de caráter religioso ou poético, enquanto que as harpas visavam o entertenimento e o erotismo. Os instrumentos que deram origem aos modernos violino, violão, guitarra, violoncelo se origiram do alaúde, utilizado inicialmente por pastores, que surgiu em época posterior.[1] Os instrumentos de cordas são importantes na história da música ocidental pois foi com um instrumento constituído de uma única corda, o monocórdio, que os filósofos e matemáticos da escola pitagórica descobriram todos os princípios matemáticos que regem os intervalos, escalas e a harmonia, dando origem ao estudo da teoria musical há mais de dois mil anos. A viola da gamba, ou violone, é qualquer um dos instrumentos de corda com traste desenvolvido no século XV, e usado principalmente na Renascença e no Barroco. A família se relaciona e descende da vihuela, um instrumento de cordas pinçadas, semelhante ao violão. Alguma influência no seu desenvolvimento, nem que seja apenas na maneira de tocar, se deve ao rabab mourisco. Os Vihuelistas começaram a tocar com o arco seu instrumento plano na segunda metade do século XV. Em duas ou três décadas este evoluiu para um instrumento de cordas totalmente novo, tocado com o arco que retinha muito das características originais da vihuela, de cordas pinçadas: uma parte traseira plana, cintura com concavidade acentuada, trastes, laterais finas e uma entonação idêntica – tanto que em castelhano é chamada de vihuela de arco. Devido a seu tamanho, comparativamente grande, este novo instrumento era segurado em pé, encostado no colo ou entre as pernas, semelhante à postura para tocar o violoncelo. Este costume originou o nome em italiano do instrumento viola da gamba, significando "viola de perna", o que também ajudou a diferenciá-lo de outro instrumento visualmente semelhante somente mais antigo e distantemente aparentado, da família do violino, que os italianos chamavam de viola da braccio (significando, literalmente, "viola de braço") Em termos de popularidade, a viola da gamba só perde para o alaúde, embora alguns possam questionar esta classificação, e, como o alaúde, era tocada por pessoas comuns, que atuavam como músicos amadores. Casas de pessoas importantes costumavam ter o que era chamado de cesto de violas da gamba, que podia conter um ou mais instrumentos de cada tamanho. Os conjuntos de viola da gamba, chamados consorts eram comuns nos séculos XVI e XVII, quando eram interpretadas canções em grupo ou verse anthem, um tipo de canção coral diferente dos motetos (chamados também de full anthen), e obras instrumentais. Apenas as gamba soprano, tenor e baixo eram integrantes regulares do conjunto (consort) de violas da gamba que, por sua vez, podia se compor de três a seis instrumentos. Esses conjuntos e a música composta para eles eram muito populares na Inglaterra, no período elizabetano, com compositores como William Byrd, John Dowland e durante o reinado do Rei Charles I, por compositores como John Jenkins e William Lawes. As últimas músicas compostas para conjuntos de violas da gamba foram provavelmente as escritas no início dos anos 1680 por Henry Purcell. A viola da gamba baixo continuou a ser usada no século XVIII como um instrumento solista e para complementar o cravo no baixo contínuo. Foi o instrumento favorito de Luís XIV e ficou associado à corte e à França (como o violino à Itália). Compositores como Marin Marais, Johann Sebastian Bach, Antoine Forqueray, e Karl Friedrich Abel escreveram músicas complexas para virtuoses do instrumento. Entretanto, as violas da gamba foram caindo no desuso à medida que as salas de concerto ficaram maiores e a tonalidade mais alta e mais penetrante dos instrumentos da família do violino se tornou mais popular. Nos últimos cem anos, mais ou menos, a viola da gamba e seu repertório foram revividos pelos entusiastas de música barroca e de música renascentista, um de seus primeiros entusiastas tendo sido Arnold Dolmetsch. Hoje, a viola da gamba atrai cada vez mais o interesse do público, especialmente dos músicos amadores. Isso talvez aconteça devido ao aumento da disponibilidade de instrumentos a preços razoáveis construídos por fabricantes que utilizam técnicas mais automatizadas de produção, bem como devido à maior facilidadede acesso a partituras com músicas para o instrumento. Além disso, a viola da gamba é tida como o instrumento ideal para alunos adultos; Percy Scholes escreveu que o repertório da viola da gamba "pertence a uma era em que a musicalidade era mais importante do que o virtuosismo". Existem, atualmente, muitas associações para pessoas com interesse na viola da gamba. A primeira (na Europa) foi a The Viola da Gamba Society, criada no Reino Unido em 1948 mas com sócios de todo o mundo. Desde então sociedades semelhantes foram criadas em vários outros países. Um museu de instrumentos musicais históricos, foi criado pelo prof. José Vázquez da Universidade de Viena, com o objetivo de ser um centro de reavivamento desses instrumentos. Mais de 100 instrumentos, incluindo 50 violas da gamba em perfeitas condições, são de propriedade deste novo conceito de museu: en:Orpheon - Museum of Historical Instruments. Todos os instrumentos deste museu podem ser vistos em exposições temporárias [2] e são tocados pelos membros da Orquestra Barroca Orpheon, do Orpheon consort ou por por músicos que os recebem como empréstimo permanente. São copiados por fabricantes de violino, contribuindo para a difusão do conhecimento geral da viola da gamba que se possui hoje, suas formas e as diferentes técnicas utilizadas na sua fabricação. O filme de 1991 Tous les matins du monde de Alain Corneau, baseado na vida de Monsieur de Sainte-Colombe e Marin Marais, revelou para novas audiências a música desses compositores para viola da gamba. A trilha sonora do filme inclui interpretações de Jordi Savall, talvez o gambista atual mais conhecido.

A família das violas:




Pardessus de viole






Viola da gamba soprano




Viola da gamba tenor






Viola da gamba baixo




Violone
Consulte também: http://vdgsa.org/pgs/video.html
Os instrumentos de corda modernos:

O violino apareceu na Itália durante a primeira metade do séc. XVI. Para tocá-lo, o instrumentista segura o violino de maneira a colocá-lo entre o ombro e o lado esquerdo do queixo, e apesar de as cordas poderem ser postas em vibração quando são dedilhadas com as pontas dos dedos (pizzicato), a maneira mais comum de fazê-las vibrar é passando o arco transversalmente nelas. O arco é uma vareta de madeira ao longo da qual são esticados mais de 200 fios de crina de cavalo, e antes que o arco possa ser usado é necessário passar uma resina na crina, chamado Breu, para uma maior aderência desta às cordas. A viola é um sétimo maior que o violino e ligeiramente mais pesada. Como o violino, é colocada debaixo do queixo para ser tocada, mas como o seu comprimento é maior, o instrumentista precisa estender um pouco mais o braço esquerdo para tocá-la. As cordas da viola são mais compridas e mais grossas em comparação com as do violino, e consequentemente, possui um som mais grave que se situa entre o violino e o violoncelo. O fato das cordas serem um pouco mais grossas que as do violino, confere à viola um timbre um pouco mais escuro e rico, menos brilhante que o violino, a corda mais grave da viola é uma quinta abaixo da corda mais grave do violino. O violoncelo é também muito conhecido pelo nome de cello, que constitui o diminutivo do termo em italiano. Ele é obviamente grande demais para ser colocado sob o queixo como o violino e a viola, por isso o violoncelo é sustentado, e levemente apertado pelas partes internas dos joelhos do executante, apoiando-se no solo por uma vareta regulável de metal chamado espigão. O violoncelo tem a maior extensão de todos os instrumentos de cordas, cobrindo quase quatro oitavas. Por possuir cordas mais longas e grossas, e de ser maior que o violino e a viola, o violoncelo tem um som cheio e penetrante, seu timbre é gloriosamente intenso e rico, as quatro cordas do violoncelo são afinadas uma oitava abaixo da viola. O contrabaixo, também conhecido pelo diminutivo baixo, é muito maior que o violoncelo, portanto, suas cordas são ainda mais longas e grossas. Para tocar o contrabaixo, é necessário que o instrumentista ou fique de pé ou parcialmente sentado em um banco ou tamborete bem alto. Hoje em dia, os baixos possuem quatro cordas, e às vezes, cinco, essa quinta corda alcançando o dó grave e desse modo situando a extensão do contrabaixo uma oitava abaixo do violoncelo. O contrabaixo pode ser também tocado com arco, porém, seu som tocado com a ponta dos dedos (pizzicato) é muito característico e conhecido. Os contrabaixos dão profundidade e ressonância ao naipe das cordas e praticamente a toda orquestra.



Violino




Viola




Violoncelo




Contrabaixo
Veja também: http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_de_cordas http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_dos_instrumentos_de_corda ________________________________________________

quarta-feira, 16 de março de 2011

Instrumentos de sopro

Os instrumentos de sopro foram o tema do bate-papo antes do ensaio do coro. Instrumentos de sopro são instrumentos musicais em que o som é produzido pela vibração de uma coluna de ar. Na organologia moderna que utiliza a classificação Hornbostel-Sachs, os instrumentos de sopro formam uma subcategoria da classe dos aerofones identificada pelo código 42. De modo geral, a afinação dos instrumentos de sopro dependem do tamanho dos tubos (quando existentes). Quanto maior é o instrumento, mais baixa é a afinação e mais grave é a sonoridade. Em instrumentos que não possuem tubos, como a gaita, o acordeão e outros instrumentos de palheta livre, a afinação depende do tamanho da palheta. O timbre destes instrumentos depende em geral do meio de produção de som (palhetas, lábios, arestas), do formato e do comprimento dos tubos. Muitos dos instrumentos de sopro são transpositores. Isso significa que, por razões de construção, a afinação destes instrumentos não se baseia na fundamental Dó, mas em outras notas (as mais comuns são Si♭, Mi♭ e Fá). Como as partituras são feitas geralmente como se o instrumento fosse afinado em Dó, a nota que soa não é a mesma que está escrita. Por essa razão, sempre que um instrumento de sopro é descrito sua afinação é especificada (por exemplo: trompa em Fá, clarinete em Si♭). Funcionamento Um instrumento de sopro funciona pela vibração de uma coluna de ar. Em alguns dos instrumentos esta coluna é contida em um ou mais tubos que servem para definir a altura do som e também para amplificá-lo. Em geral quando existe um tubo de tamanho fixo, só as notas da série harmônica são executáveis. Para controlar a altura da nota obtida o executante deve:

  • Variar a intensidade (e às vezes o ângulo) de entrada do ar no instrumento para alternar entre as notas da série harmônica.

  • Alterar o comprimento efetivo do tubo. Isso pode ser feito por válvulas de movimento linear (pistões) ou rotativas (como nos trompetes e na trompa) ou variando o comprimento do tubo por um mecanismo deslizante (vara) - como no trombone.

  • Introduzir furos ao longo do tubo, que permitem aumentar ou diminuir o comprimento de onda ou anular certas harmônicas. Este tipo de mecanismo é usado nas madeiras, como as flautas, clarinetes, saxofones, etc.
Algumas técnicas Em muitos casos é possível alterar também o timbre do instrumento ou a articulação das notas: sons diferentes podem ser obtidos ao usar meios alternativos de produção de som e em muitos casos são usados acessórios.

  • Surdina - Na maior parte dos metais, é possível utilizar surdinas, que ao serem encaixadas na câmpanula do instrumento, criam uma obstrução à saída do ar e, ao absorver algumas freqüências, tornam o som abafado. Efeito semelhante pode ser obtido na trompa pela própria mão do trompista que é inserida totalmente na campânula (efeito conhecido como bouché). Muitas vezes os trompetistas usam um lenço de tecido ao invés de uma surdina para obter o efeito de um instrumento tocado à distância.

  • Whaa-whaa - efeito usado sobretudo por trompetistas e trombonistas no jazz, às vezes para obter um efeito cômico. O músico tampa a campânula do instrumento com a mão espalmada e, durante a nota, move a mão para a frente e para trás obtendo uma variação de timbre e altura simultâneos, como se o instrumento "falasse" uáá-uáá.

  • Mirlitão - Se uma membrana (ou mesmo um pedaço de papel) for adaptada na boquilha de uma flauta ela vai vibrar solidariamente à nota principal ou ao canto e um som bem diferente, semelhante ao de um instrumento de palheta, pode ser obtido. Este tipo de membrana é chamado de mirlitão. Há um instrumento de brinquedo chamado flauta de mirlitão, mas na verdade este tipo de efeito pode ser aplicado a qualquer flauta.

  • Acordes em instrumentos melódicos - O instrumentista pode cantar uma nota ao mesmo tempo que produz uma nota pelo meio tradicional do instrumento. O resultado vai ser semelhante a um acorde de duas (e em alguns casos até de três notas, devido a uma ilusão auditiva). Esta técnica é possível na tuba, trompa e trombone sobretudo no registro mais grave desses instrumentos. Também é possível cantar notas na flauta.

  • Flaterzung - Também na flauta é possível produzir um tremolo ao soprar fazendo um som de rrr ou de frr com os lábios ou com a língua entre os lábios. Este efeito pode ser usado em qualquer estilo musical mas é mais comum na música popular. O frulato combinado ao canto é uma das marcas registradas de Ian Anderson, flautista e vocalista do grupo Inglês Jethro Tull.

  • Legato e portamento - Várias notas ligadas podem ser tocadas em um único sopro. Ligaduras de portamento podem ser obtidas ao tocar várias notas sem interromper totalmente o sopro entre cada uma delas.

  • Staccato - O sopro é totalmente interrompido pela língua entre uma nota e a próxima. Em muitos casos o músico articula a língua como se dissesse tá-tá-tá. No stacato duplo, usado em passagens muito rápidas, o músico articula como se dissesse tá-ca-tá-ca.

  • Respiração circular - Uma das técnicas mais difíceis de dominar. O músico armazena na boca e libera lentamente o ar, sem interromper o sopro, ao mesmo tempo que inspira pelo nariz. Permite sustentar uma mesma nota por um longo tempo ou executar longas frases sem interrupções. Faz parte da técnica padrão do didjeridu, mas tembém é bastante utilizada por virtuoses de qualquer outro instrumento de sopro.
Classificação Há várias maneiras de classificar os instrumentos de sopro. A forma mais comum, derivada da formação de uma orquestra sinfônica divide os instrumentos em metais e madeiras. O que permite a classificação de um instrumento como metal ou madeira é o seu timbre. A diferença entre o timbre dos instrumentos de sopro se dá pela relação entre o comprimento e a conicidade do tubo empregado na sua construção. Nos metais, o tubo é muito extenso em relação à sua baixa conicidade, e o pequeno comprimento em relação à conicidade é uma propriedade do naipe das madeiras. Metais Este grupo compreende os instrumentos em que o som é produzido pela vibração direta dos lábios do executante sobre um bocal. O termo refere-se, portanto, à forma de produção sonora e não ao material de fabricação. Existem instrumentos classificados como metais que são feitos de outros materiais, como o shofar, feito de chifre de carneiro. Os metais mais comuns são: trombone, trompa, bombardino, tuba, sousafone, trompete, fliscorne e corneta de pistões. O oficleide foi o precursor da tuba. Madeiras Assim como o caso dos metais, o termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao material de que o instrumento é feito. Muitas das "madeiras" são feitas de plástico ou metal. São subdivididos de acordo com a forma de produção de som:

  • Palhetas simples: Instrumentos que utilizam uma palheta apoiada sobre uma boquilha como meio produtor de som. O músico toca fazendo o ar passar entre o batente da boquilha e a palheta, provocando sua vibração. Os principais instrumentos desse grupo são: a família dos saxofones (composta por sopranino, soprano, alto, contralto, tenor, barítono e baixo) e a família dos clarinetes (o próprio clarinete — em Si♭ ou Lá, a requinta — uma oitava acima e o clarinete baixo ou clarone — uma oitava abaixo)

  • Palhetas duplas: Possuem uma palheta constituída por duas lâminas finas de bambu, apoiadas uma sobre a outra e fixadas ao instrumento por um tubo cilíndrico (tudel). O Instrumentista toca fazendo o ar passar entre as duas palhetas e provocando sua vibração. Os mais conhecidos são os oboés e os fagotes.

  • Flautas: Família de instrumentos em que o som é produzido por vibração do ar contra uma aresta. Pode ser de embocadura aberta, como as flautas transversais ou fechada, como o apito e a flauta doce (ou flauta de bisel). As flautas não são sempre feitas de madeira, podem também ser de metal (a flauta transversal geralmente é de níquel, prata ou ouro) ou de plástico (como algumas flautas doces). Este grupo inclui ainda a quena, a flauta de pan, a zampronha, o flautim ou flauta piccolo, o pífano (ou pífaro) e os tubos flautados dos órgãos.
Outras classificações A classificação em madeiras e metais é eurocêntrica e apropriada à música erudita, mas deixa de fora uma variedade de instrumentos que não fazem parte da orquestra clássica. Por isso, muitos musicólogos defendem a classificação apenas pelo meio produtor de som:

  • Embocadura: O som é produzido pela vibração dos lábios do executante. Inclui todos os metais citados acima e mais os didjeridus, berrantes e trompas de chifre ou madeira, entre outros.

  • Palhetas: divididos em: Palheta simples: Os mesmos já citados acima. Palhetas duplas: Os mesmos já citados acima, mais a gaita de foles e vários instrumentos orientais como o surnay, o duduk e o hojok. Palhetas livres: O som é produzido pela vibração livre de uma palheta dentro de uma cavidade, provocada pela passagem do ar. Normalmente não possuem tubos e a afinação depende do tamanho da palheta. Alguns musicólogos consideram que este tipo de instrumento é na verdade uma variação dos idiofones ou lamelafones. Inclui as gaitas, o sheng e vários instrumentos de foles (acordeão, concertina, bandoneón, entre outros) e os tubos palhetados dos órgãos.

  • Arestas: Que compreende todas as flautas já descritas acima. Divide-se em: Flautas de embocadura aberta: Flauta transversal, flauta de pan, pífano, shakuhachi etc. Flautas de embocadura fechada: flauta doce/flauta de bisel, apito, pennywistle, ocarina, entre outros.

Texto extraído integralmente de http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_de_sopro Para fotos e especificações de cada instrumento: http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Instrumentos_de_sopro

quinta-feira, 3 de março de 2011

Instrumentos de teclado em geral

Assunto do dia: cravos, espinetas, instrumentos de teclado em geral.

Percorrendo um pouco a história da música, encontramos tais instrumentos divididos em três categorias básicas: instrumentos de teclado com cordas pinçadas, marteladas e com tubos e vento.

Cada um desses instrumentos foi criado e desenvolvido de acordo com um período específico da história da música, caracterizando seu repertório.

Os instrumentos de teclado com sistema de tubos e vento, têm como seu representante o órgão, que é considerado o mais antigo dos intrumentos de teclado. Sua invenção é atribuída ao engenheiro grego Ctesíbio, que viveu durante o século III a.C. Documentos escritos, não muito depois de sua época, descrevem-lhe o invento como "uma das maravilhas do mundo" e dão a entender que o órgão por ele construído estava possivelmente baseado na idéia de utilizar mecanicamente a provisão de ar que era levado para um imenso jogo de tubos. Estava, pois, o ar armazenado em um 'someiro' e já havia inclusive um teclado que controlava a sua saída para os tubos.

O instrumento de Ctesíbio ficou conhecido como hidraulos (palavra construída com os vocábulos gregos que significam água e tubo), pois era a água que mantinha a pressão constante do ar no someiro. Durante o século IV d.C., o princípio hidráulico começou a ser substituído pelo pneumático (do grego, 'vento'), no qual o fornecimento de ar se fazia por meio de foles - sistema utilizado até os dias atuais.

Já os instrumentos de teclado com cordas pinçadas possuem um mecanismo que produz o som beliscando as cordas - ao acionar uma tecla, a mesma levanta uma pequena régua chamada saltarelo, que possui uma pequena palheta (chamada unha), que belisca a corda. Quando este saltarelo desce, a unha é recolhida por um sistema mecânico e um pequeno feltro abafa o som da corda. Isto ocorre em todas as teclas do instrumento. Temos como representantes dessa família de teclas o virginal, a espineta e o cravo. O que difere cada um deles é o repertório destinado, a construção e as possibilidades timbrísticas de cada um.

O virginal (em inglês, virginals) possui um único jogo de cordas e uma corda para cada nota. A peça "A Hornepype" de Hugh Aston (c.1485-1558) é uma das três mais antigas peças que se sabe terem sido escritas especialmente para virginal. Seu manuscrito data aproximadamente de 1530.







A espineta também possui somente um jogo de cordas e uma corda para cada nota. Foi denominada assim na Inglaterra do século XVII.

Este instrumento tornou-se popular na Inglaterra, sobretudo no período qua vai do final do século XVII até as últimas décadas do século XVIII. Henry Purcell (1659-1695) foi um dos compositores significativos para espineta.








Já o cravo foi desenvolvido durante o século XV (a primeira menção deste instrumento data de 1397). Os primeiros cravos possuiam apenas um manual (teclado). Já as versões deste instrumento construídas depois do século XVII podem contar com um ou dois manuais, apresentando também dois, três ou mesmo quatro jogos de cordas completos soando simultaneamente, isto é, cada tecla do instrumento pode beliscar de uma a quatro cordas simultaneamente, proporcionando um grande leque de possibilidades sonoras e timbrísticas.









Dando sequência, os instrumentos de cordas percutidas começaram a aparecer no início do século XVIII.

Embora não sejam conhecidos os dados do clavicórdio no seu passado mais remoto, ele já existia no princípio do século XV. O clavicórdio é o que tem a ação ou mecanismo produtor de som mais simples. Fixada na extremidade de cada tecla, se acha uma pequena lâmina de bronze, na vertical, chamada tangente. Quando a tecla é acionada, a sua extremidade oposta se levanta, tal como uma gangorra, fanzando a tangente percutir o par de cordas, logo acima. A tangente, até que seja solta, permanece exercendo pressão sobre as cordas.






Em 1713, Couperin, compositor e cravista francês escreveu: "O cravo tem uma perfeita extensão e, por si só, é um intrumento brilhante, mas já que é impossível fazer crescer ou diminuir a sua sonoridade, ficarei para sempre grato a quem, com infinita arte e bom gosto, contribua para tornar este instrumento capaz de expressão..."

Curioso é que 15 anos antes de Couperin escrever estas palavras, sem que ele nada soubesse, um novo instrumento de teclado e cordas já havia sido inventado. Um instrumento que combinava brilho e potência do cravo com as qualidades expressivas do clavicórdio e que, no devido tempo, acrescido de algumas melhorias, iria tornar-se no mais popular de todos instrumentos: o piano (forma abreviada de pianoforte).

Este, desde 1697, havia sido inventado por Bartolomeo de Cristófori (1655-1731), encarregado da conservação de instrumentos na corte da família Médici, em Florença, na Itália. Por volta de 1700 Cristófori construiu o clavicembalo com piano e forte ("cravo com piano e forte"). Este novo instrumento possuia recursos expressivos, que partiam desde um piano a um forte em nuances até então não conhecidas em instrumentos de teclado. Além disso, era possível executar o contraste entre um legato e stacatto. Além disso, o insttumentista poderia executar uma expressiva melodiaao estilo cantabili ("cantado"). O primeiro compositor, pelo que se sabe, a ter escrito peças especificamente para piano foi o italiano Ludovico Giustini (1685-1743).






Para um início de pesquisa mais elaborada, este link oferece insformações básicas sobre instrumentos de teclas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento_de_teclas

terça-feira, 1 de março de 2011

Colegas Coralistas

Vamos prestigiar a nossa coralista KELLY MEDEIROS que nos brinda com três poesias de sua autoria.

                      Meu compositor, meu poeta 
                                    Coração de poeta
                                    Pena que não posso estar contigo o tempo todo
                                    trocando versos de amor e reflexão
                                    experiências da vida e do destino
                                    das alegrias, sonhos e solidão.

                                    Palavras que acariciam o meu coração
                                    composições que revelam toda a sua emoção
                                    Que nem todas as pessoas com quem esteve,  
                                    e assim como se é grande, se é tão solidário.

                                     É lindo o coração de um poeta
                                     que ama o tempo todo
                                     e que sentimos tão de perto
                                     Que não se escreve para impressionar
                                     escreve apenas para se aliviar
                                     das armadilhas da vida
                                     é o seu jeito de amar.

                                                              autora: Kelly Medeiros


                        Pôr do Sol 

                                                          
                                     Já andei por lindos campos
                                     e montanhas quis subir
                                     Caminhei por grandes matas
                                     cachoeiras, eu desci.

                                     Cheguei até a beira da praia
                                      mas a maré, veio a subir
                                      Hoje estou num lindo oceano
                                      mergulhada toda ali.

                                      Queria ser um grande pássaro
                                      e voar no céu mais lindo
                                      Quero ser seu horizonte
                                      o seu pôr do sol sorrindo.

                              autora: Kelly Medeiros


                   Como a música

                                 Você é como música
                                 Foi composto para ser ouvido
                                 sentido e também compreendido

                                 por este coração aqui sensível.

                                  E sempre você vai assim tocando  

                                  tocando sempre mais a minha vida
                                  quero te ver com toda a sintonia
                                  ao som de toda a minha alegria.

                                  Te quero ouvir sempre todos os dias
                                  quero te ver com muita harmonia
                                   Hoje não posso vê-lo aqui comigo
                                   mas posso senti-lo aqui dentro de mim.

                         autora: kelly Medeiros